16 de outubro de 2006

Céu, Inferno e outros pós morte...

No Vaticano estão iniciadas as conversas para acabar com o Limbo, para onde as crianças não batizadas iriam quando morressem.

Não que o Papa vai erguer seu dedo divino e terminar com aquele espaço, mas simplesmente vai deixar de existir.

O.o

Ok né...hehehehe Se eles dizem, quem somos nós pra discordar.

Vamos aproveitar para conhecer melhor os estados pós-morte atuais (vai que acabam com o inferno um dia desses):



CÉU - O catecismo define o céu como um "estado de felicidade suprema e definitiva", ao qual acedem aqueles que morrem na graça de Deus e não precisam de purificação suplementar. A arte de todos os tempos o plasmou em forma aérea e azul, entre nuvens e anjos vestidos de branco, ou em forma de paraíso. A Bíblia o localiza no Jardim do Éden, do qual Adão e Eva foram expulsos por infringir a proibição divina de comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, e assim manchar a humanidade com o pecado original. Segundo a Igreja Católica, esse pecado só é eliminado pelo batismo.


INFERNO - Do latim "infernus" (que está embaixo), o inferno consiste na "condenação eterna daqueles que morrem no pecado mortal por livre escolha", e a pena principal que provoca é "a separação eterna de Deus" (pena de dano), o único modo pelo qual, segundo a doutrina católica, o ser humano alcança a felicidade a que aspira. Nos Evangelhos, Jesus menciona "o fogo eterno" a que serão castigados esses pecadores, e por isso a iconografia sempre viu o inferno como um lugar de suplício em chamas, atiçadas por Satanás e seus sequazes. De fato, além da pena de dano, também está prevista a pena de sentido, quer dizer, sofrimento físico.

PURGATÓRIO - Povoam o purgatório as almas daqueles que morrem "na amizade de Deus" e, "embora seguros de sua salvação eterna", ainda precisam de purificação para poderem entrar no paraíso celeste. O catecismo lembra que ajudá-los está nas mãos dos vivos; os fiéis podem rezar por eles, oferecer missas, esmolas, indulgências e fazer penitência. A Bíblia não cita o purgatório, mas algumas passagens sugerem sua existência. Sua definição provocou um grande debate na Idade Média, e ele foi fixado como tal no Concílio de Florença em 1439.
LIMBO DAS CRIANÇAS - Do latim "limbus" (borda, margem), o limbo foi considerado tradicionalmente uma espécie de ante-sala do julgamento final, sem dor nem prazer, na qual moram as crianças mortas sem ter recebido o batismo, que carecem de culpas mas que carregam o pecado original. A noção do limbo das crianças se desenvolveu a partir do século 12, com tal força que chegou a figurar no catecismo de Pio 10º, publicado em 1904: as crianças estão ali porque, "tendo o pecado original, e somente esse, não merecem o céu, mas tampouco o inferno ou o purgatório".

O LIMBO DOS JUSTOS - O catecismo fala em "infernos" (no plural, não confundir com o inferno), aos quais Jesus desceu depois de sua morte e antes da ressurreição, como o estado em que se encontram todos os que haviam morrido antes de Jesus, tanto justos quanto pecadores. Apesar dessa mistura de bons e maus, consolidou-se a noção de um limbo dos justos, no qual moravam os profetas e patriarcas de Israel e até alguns sábios da Antigüidade. Segundo o Novo Testamento, com a descida de Jesus a esses "infernos" os justos foram libertados, e portanto esse limbo, na lógica pura, está vazio há séculos.

Amém!

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