As Mulheres Curitibanas e os Morcegos

Quem é de fora, ou veio de fora, e sai na balada curitibana, logo percebe a diferença. Seja entre metaleiros, góticos, patys, emos, forró...whatever, existe uma evidente e estranha maneira com que as mesmas se deslocam.

Tal qual os morcegos, elas devem deslocar-se por sonar, ou algo parecido, vez que em meio a tanta gente na noite, elas andam e desviam daqueles em seu caminho sem olhar para quem quer que esteja na frente.

A troca de olhares é padrão e inicio de qualquer abordagem razoável. Ainda assim, mesmo na inexistência de qualquer interesse existe no mínimo um simples olhar, para justamente constar e descartar.

Como diria um amigo meu: Olhou 1 vez, normal; olhou 2 vezes tá curiosa (ou tu tem alguma coisa errada); olhou 3 vezes pode chegar que vai rolar. (salvo se vc esteja fazendo algo extremamente bizarro q justifique essa 3ª olhada).

De qualquer forma, observando do alto de um mezanino, comprovei que não é só comigo, mas que elas se deslocam e mesmo quando um magrão para exatamente no caminho dela e tenta olhar a guria, ela desvia como se não existisse nada a não ser um obstáculo invisível que ela constatou sem mesmo olhar para o obstáculo.

(um teoria que falaram é que elas andam olhando pra baixo e quando veem pés desviam)

Afinal de contas, um bom curitibano (a) não conversa com estranhos, por mais normal que este estranho seja.